ANEEL inaugura usina fotovoltaica em sua sede

Solis Energia – 27/06/18

Foi inaugurada a usina solar da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), que atenderá entre 18% e 20% do consumo anual da autarquia com uma média de geração de 710 MWh/ano. O diretor da Companhia Energética Brasileira (CEB), Maurício Alves, destacou a parceria feita com a ANEEL e ressaltou que a iniciativa representa um modelo a ser seguido por todo o setor público.

O Coordenador de Planejamento Energético, Regulação e Gestão do Sistema da  Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ), Florian Geyer, afirmou que o projeto é pioneiro e deverá estimular o mercado fotovoltaico no país. “O lugar com menos sol, que é Florianópolis, ainda tem 20% a mais de irradiação solar do que o lugar com mais sol da Alemanha. Isso mostra o grande potencial da energia solar FV comparando com outros países como a Alemanha. A melhor insolação da Alemanha é de 3.500 Wh/m² (watt-hora por metro quadrado) por dia, disponível em uma pequena região sul do país, já o Brasil apresenta valores de insolação entre 4.500 e 6.000 Wh/m²”, enfatizou.

Para a representante do Ministério do Meio Ambiente , Alexandra Maciel, a iniciativa da ANEEL ajudará a consolidar o papel das energias renováveis no Brasil. “A nossa matriz é muito rica e precisamos incentivar cada vez mais a geração a partir de outras fontes renováveis que não seja a hídrica”, pontuou Maciel.

O diretor da ANEEL, Rodrigo Limp, mencionou  que o uso da energia solar está de acordo com a busca pela sustentabilidade em todo o mundo e com o uso eficiente e racional da energia. Já o diretor Sandoval Feitosa ressaltou que um país tropical como o Brasil não pode deixar de investir em uma fonte renovável como a solar. “É uma fonte ainda pouco explorada, principalmente na região do semiárido nordestino, portanto, precisamos utilizar cada vez mais essa fonte renovável. Tenho certeza que a iniciativa da ANEEL ajudará outras concessionárias e o setor público como um todo a seguir o mesmo exemplo”, salientou.

O diretor Tiago de Barros lembrou que o projeto de eficiência energética da ANEEL está de acordo com um modelo coerente de redução do desperdício. “Além de contribuir com o acordo de Paris que prevê a redução de gases de efeito estufa, a geração solar reduz a demanda por investimentos no horário de ponta. Temos a clareza de que ainda é uma geração incipiente no Brasil e que precisa de incentivos no presente para caminhar sozinha no futuro”, destacou.

O diretor André Pepitone evidenciou  que existem 80 milhões de unidades consumidoras no país, mas apenas 40 mil utilizam a geração distribuída. “A ANEEL não medirá esforços para dar o suporte regulatório que esse tipo de geração necessita para crescer ainda mais. Tenho certeza que depois dessa inauguração, vários órgãos públicos irão até a CEB a fim de fazer parcerias parecidas com essa feita pela ANEEL”, frisou.

 

Por fim, o diretor-geral da ANEEL, Romeu Rufino, parabenizou os parceiros e a área técnica pela conclusão do projeto e espera que a Agência se torne uma referência para outros órgãos públicos. “O setor elétrico passa por várias transformações e o usuário de hoje é muito mais participativo e preocupado com a sustentabilidade. Diante desse cenário, a ANEEL não poderia deixar de dar o exemplo no que diz respeito a boas práticas de redução do desperdício e eficiência energética”, concluiu.

Usina

A usina fotovoltaica conta com 1.760 painéis de 1,65m2, com potência instalada de 510,40 quilowatts-pico (kWp), que foram dispostos de forma a otimizar o aproveitamento do sol e evitar áreas sombreadas das edificações. A área total ocupada pelos módulos e pelos seus acessos será de 3.580 m2. Cada conjunto de 96 módulos foi conectado em um inversor, e todos os inversores serão monitorados numa central de operação, com dados unificados. A energia gerada compensará o consumo do prédio da Agência pelo mecanismo do Sistema de Compensação de Energia¹, no qual até a geração nos fins de semana poderá ser injetada na rede e depois devolvida para a Agência.

Contrato de desempenho

A realização do projeto de eficiência energética com a instalação da usina foi possível graças a elaboração de um contrato de desempenho, desenvolvido de forma pioneira dentro do setor público. O contrato permitiu a inclusão da obra dentro do Projeto de Eficiência Energética (PEE)²  da Companhia Energética de Brasília (CEB). O contrato adota o seguinte ciclo: a CEB aplica o dinheiro do PEE na usina solar da ANEEL e, à medida que a usina gera energia, a fatura de energia da autarquia diminui. A Agência continuará pagando o restante da fatura até amortizar todo o investimento e quando o dinheiro voltar para a CEB ele será aplicado em outros projetos de eficiência energética, com retorno para todos os consumidores atendidos pela distribuidora.

O Superintendente de Pesquisa e Desenvolvimento e Eficiência Energética, Ailson de Souza Barbosa, enfatizou que a ANEEL deu um grande exemplo para o setor elétrico e o setor público com a instalação da usina. “A Agência mostrou que é possível implementar uma iniciativa que gera lucratividade e benefícios por várias décadas mesmo após a amortização do investimento. Além disso, existe o fator de inserção da eficiência energética na cultura das instituições públicas. Precisamos considerar esse elemento no nosso dia-a-dia, aplicar os recursos de forma objetiva e garantir uma economia real de energia”, ressaltou.

O prédio, construído em 1984, é composto por três blocos (H, I e J). No bloco H, funciona a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e nos blocos I e J, a ANEEL. A energia da usina solar já está sendo produzida no bloco H e a previsão é que os blocos I e J também produzam até o final de julho. A Especialista em Regulação, Sheyla Maria das Neves, afirmou que, apesar de antigo, o prédio foi pensado de forma eficiente. “ A disposição dos blocos permite que um faça sombra no outro e assim haja diminuição de carga térmica, além disso, a instalação de brises proporcionou uma diminuição da incidência solar. Tudo isso causou uma surpresa positiva e ajudará bastante na etiquetagem das instalações”, finalizou. A edificação concorrerá à etiquetagem pelo Programa Brasileiro de Etiquetagem – PBE. O objetivo é obter a Etiqueta A de Eficiência Energética, o que coloca o prédio e seus respectivos blocos como um exemplo de eficiência energética para prédios públicos.

Fonte: www.aneel.gov.br

A agência reguladora de energia elétrica mais importante do Brasil continua estimulando a energia solar fotovoltaica e dando exemplo para os consumidores.

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