Oferta de energia limpa precisará dobrar até 2030

Solis Energia – 13/10/2022

O mundo precisará dobrar a geração de energia limpa nos próximos 8 anos para limitar o aumento da temperatura do planeta. Esse foi o aviso da Organização Meteorológica Mundial (OMM), agência especializada da Organização das Nações Unidas. Caso a geração de energia renovável não dobre até 2030, a OMM alertou sobre o risco da mudança climática que pode inclusive comprometer a segurança energética de todo o planeta.

“O setor elétrico é a origem de aproximadamente 3/4 do total de emissões de gases do efeito estufa. A adoção de fontes limpas para geração de energia como a solar, eólica e hídrica, além de melhorar a eficiência energética, é crucial para a prosperidade no século XXI. A neutralidade de carbono em 2050 é o alvo. Mas só chegaremos lá se dobrarmos a oferta de eletricidade com baixa emissão de poluentes nos próximos 8 anos.” – disse Prof. Petteri Taalas, Secretário Geral da OMM.

A mudança climática afeta diretamente a oferta de combustíveis, a produção de energia e a resiliência física da infraestrutura de energia atual e futura. Ondas de calor e secas já estão ameaçando a geração de energia o que torna ainda mais importante a redução de emissões por combustíveis fósseis.

Podemos citar por exemplo o efeito da onda de calor histórica na Argentina em janeiro de 2022 que provocou grandes interrupções no fornecimento de energia afetando cerca de 700.000 pessoas. Já em novembro de 2020, uma chuva congelante cobriu as linhas de transmissão de energia na Rússia deixando centenas de milhares de residências sem energia durante vários dias.

Em 2020, 87% da eletricidade global gerada por usinas térmicas, nucleares e hídricas dependeu diretamente da disponibilidade de água. Ao mesmo tempo, 33% da usinas térmicas que dependem de água para resfriamento estão em áreas com escassez de recursos hídricos. Esse também é o caso de 15% das usinas nucleares do mundo sendo que o percentual deve aumentar para 25% nos próximos 20 anos.

Com relação às usinas hidrelétricas, 11% da capacidade total é localizada em áreas de escassez hídrica. E ainda 26% da represas das hidrelétricas e 23% das projetadas estão situadas em bacias hidrográficas com risco médio a alto de escassez de água.

As usinas nucleares por sua vez não somente dependem de água para o seu processo de resfriamento, como também são situadas em áreas vulneráveis ao aumento do nível dos oceanos e inundações. Usinas no nível do mar como a de Turkey Point no estado da Florida nos Estados Unidos e as Angra 1, 2 e 3 (em construção) no estado brasileiro do Rio de Janeiro seriam exemplos de locais que correriam sérios riscos.  

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Fonte: Organização das Nações Unidas

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